Eliane Ciolfi gostou disto há 1669 dias
Hélder Pereira gostou disto há 1669 dias
Maria João Spilker gostou disto há 1666 dias
Olá colegas,
Deixo este vídeo que sintetiza muito do que temos refletido por aqui.
Efetivamente a tecnologia deve ser integrada na Educação, mas por si só ela não muda nada!
O fundo da questão é a alteração metodológica, uma mudança de paradigma educativo, para metodologias interativas, dinâmicas, colaborativas e que promovam o desenvolvimento da aprendizagem em rede, que misture diferentes cenários de aprendizagem, triangulando as suas vantagens, num objetivo comum: aprendizagem de sucesso!
O desenho educativo atual está obsoleto e necessita de uma urgente (r)evolução, para adequar a escola e a aprendizagem às necessidades da sociedade atual.
Não podemos continuar a fomentar um modelo de escolaridade, enquanto sistema dirigido às massas, que foi criado para responder às exigências de massificação da educação evidenciadas pela Sociedade Industrial. Devemos adequar à nova Sociedade em Rede, promotora da Cibercultura, que possibilite a construção do conhecimento através de atividades integradas, interativas e colaborativas.
Contudo, uma grande e profunda alteração é exigida, muito mais complexa que uma adaptação às novas tecnologias – uma profunda mudança de cariz social e cultural – até porque:
“For the first time we are preparing students for a future we cannot clearly describe.” (David Warlick cit. Steve Wheeler, University of Plymouth, 2011)
Assim, os dispositivos digitais “ (…) possibilitam a exploração de um leque ilimitado de ações pedagógicas, permitindo uma ampla diversidade de atividades que professores e alunos podem realizar.” (VALENTE, 2005). Estes propiciam uma maior interatividade em contexto de sala de aula, favorecendo a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
É urgente mudar sim! Mas é urgente mudar com consciência, de forma fundamentada e planeada.
A educação 3.0 é de grande importância, pois estamos a formar futuros cidadãos e esta é a forma de se preparar os alunos para a futura vida ativa. O fenómeno da globalização na sociedade do conhecimento é evidente e há que integrá-lo nas aulas.
O século XXI exige indivíduos criativos, empreendedores, com espírito crítico, adaptados ao mundo digital e com altas competências de literacia digital. Assim, o futuro da aprendizagem deve basear-se nas competências do Século XXI.
Os alunos não devem achar que, ao entrarem numa aula, estão a entrar num avião, no qual todos os dispositivos eletrónicos devem estar desligados, não! Vamos fazer-lhes entender que a sala de aula está aberta ao mundo e é o melhor lugar para eles se expressarem e se desenvolverem. Modelos pedagógicos ativos e interativos, que promovam a interação entre alunos e nos quais o professor é um elemento facilitador e instigador da aprendizagem. Aqui também são importantes os MOOCs, uma vez que oferecem um mar de oportunidades para a aprendizagem e democratizam o conhecimento.
“O tempo, como o mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se termina e o futuro começa” (Padre António Vieira, História do Futuro, 1718).
Efetivamente é difícil prever o futuro, mas é necessário pensá-lo e colocá-lo em prática.
Até já!
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VALENTE, J. (2005). Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem.
Comentários
Perfeito!!! Sem palavras... conseguiu sintetizar o que penso! Abraços
Olá Hélder,
Ora lá está como apesar do futuro ser imprevisível, o presente é o melhor momento para construir a capacidade de o viver. Claro que ninguém melhor que o Padre António Vieira para o deixar bem claro.
A conclusão é simples, não estamos a fazer nada de novo, temos é que pensá-lo de acordo com o tempo e não num processo diferido. As ferramentas do futuro poderão não ser as do presente, mas a capacidade de tornar o pensamento e as competências flexiveis são as únicas ferramentas que nunca se esgotarão no tempo.
Na realidade, não se trata de educar para a era digital, mas de usar a era digital para nos educarmos a nós próprios.
:)
Até já,
ana
#ecoimooc15t2
Olá ana,
Com certeza!
O mais preocupante é isso mesmo...o ímpeto não é novo, só a forma de o atingir é que é nova....ajustada à atualidade...daí que tanta resistência seja desapropriada e compeletamente desenquadrada...
PS - adorei a tua conclusão "não se trata de educar para a era digital, mas de usar a era digital para nos educarmos a nós próprios." pois retrata claramente aquilo que tanto defendemos e que tanto refletimos!
Até já!
Muito bom o video! Reflete o todo que vivenciamos. Penso que falta apenas cada profissional de área colocar a reflexão em cada aula, fazendo a transdisciplinaridade entre sua especialidade (matéria) e uso da tecnologia para a difusão e replicação. Fazer uso da tecnologia para tornar aquela atividade do dia mais emocionante. Este é o principio aos professores que não sabem por onde comecar...Quanto mais se utiliza, mais torna-se atrativa aos aprendentes. E a atração é tudo para o enriquecimento da aprendizagem.
Até outro momento, Josi
#ecoimooc15t2
Olá Josi,
Efetivamente o vídeo é interessantíssimo tanto pela mensagem que passa, como a reflexão que nos possibilita.
Cada um de nós deve, entretanto, colocar em prática estes pensamentos e levar a cabo da mudança de paradigma educativo.
Permitir o engajamento e a motivação dos nossos alunos será o objetivo a alcançar, recorrendo, para o efeito, à panóplia de possibilidades que a tecnologia hoje nos oferece e nos impele a agir!
Até já!